quinta-feira, 21 de junho de 2012


A sustentabilidade humana.



Somos, com toda certeza, a única espécie de ser vivo que mata pelo puro e simples prazer de matar. Não me refiro somente à morte física, aliás, esta anda cada vez mais elaborada, mas a em vida também, aquela oriunda da perda de todos os valores éticos e morais que foram construídos após anos e anos de evolução, por ato próprio ou de terceiros.

Seguimos testando a elasticidade dos conceitos de justiça e probidade. Assistimos “pacificamente”, com total indulgência, todo tipo de erro ser cometido sem qualquer consequência ao protagonista, não tardará para nosso cérebro computar como normal. Digo, há consequências sim, mas para isso o cidadão demanda ser um lascado sem contatos, ou personalidade ($$$$$$$$$$) para contratar o advogado da moda, o “must have” do mundo criminal, o Louis Vuitton do meio jurídico, àquele que com 15mi na conta faz Elisa Picadinho parecer uma vítima da opressão conjugal e da passionalidade.

Na vanguarda da reforma do código penalista salta o legislativo, quando se estuda a possibilidade de suspensão da pena, pelo simples restabelecimento do status quo ante, ou seja, no caso de furto, se for devolvido à vítima todos os bens subtraídos, a pena se extinguiria pela reparação do dano, já se observa várias de Vossas Excelências do Congresso se furtando de qualquer punibilidade com a simples devolução do cargo. Uma hermenêutica curiosa, não é mesmo?! Ficamos com a dívida, não há punidos e meses depois vemos as mesmas figurinhas virarem lobistas dentro da coisa pública.

Só na república bananeira do Brazuca, já conversamos sobre a diferença entre Brasil e Brazil, pois bem, podemos ver um fenômeno como este! Há que se conscientizar a população carcerária, que nos sai tão cara, para migrarem a prática de desvios de condutas com tais qualificantes, afinal de contas, não tem ninguém preso por furto de dinheiro público e dificilmente haverá, que venham as prescrições, zaz, a heroína dos debochados.

Perturba-me a alma quando dizem não haver justiça em nossa republiquinha, ora como não há?! A justiça consiste em punir nossa permissividade, assistindo  “inertes”, encarcerados em nossas consciências, a própria extinção. Estamos trancafiados em um escafandro – enterrados vivos.

Os descarados, eleitos pelo sufrágio universal, discutem na Rio+20 o futuro do planeta, ora que futuro? Aquele onde não mais existiremos para caotizar as coisas?! Nossa extinção é indiscutível, começamos exterminando a moral, ética, probidade, extinguir uns aos outros é comum e visto com tolerância, depende somente do motivo que seu advogado de 15milhões conseguir fabricar.

Em um Brazuca onde ex-presidente elege como ápice de sua carreira idiotizar uma nação, ministro de órgão supremo do judiciário se encontra com político, cuja intenção publicamente declarada é a impunidade aos de colarinho vermelho, ex-ministro da justiça vira advogado de todo e qualquer malandro com 15 milhões no bolso (opa, mas não está tudo bloqueado???), presidente da ordem dos advogados dita e faz aplicar exames da ordem, quando ele mesmo não se submeteu a um, mulher pica marido com habilidade de samurai (oiiii-ah) e Cavendishe´s ameaçam espalhar a catota do nariz no ventilador para não ser convocado a depor, e logra êxito no seu direito de não ser xeretado, nossa EXTINÇÃO pode ser o BASTA necessário,  de uma existência que não deixará saudades.

O prazo de validade venceu!

BASTA!!! Fecha a porta e o último apague a luz, não devemos deixar dívidas.

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