A sustentabilidade humana.
Somos,
com toda certeza, a única espécie de ser vivo que mata pelo puro e simples prazer
de matar. Não me refiro somente à morte física, aliás, esta anda cada vez mais
elaborada, mas a em vida também, aquela oriunda da perda de todos os valores
éticos e morais que foram construídos após anos e anos de evolução, por ato
próprio ou de terceiros.
Seguimos
testando a elasticidade dos conceitos de justiça e probidade. Assistimos “pacificamente”,
com total indulgência, todo tipo de erro ser cometido sem qualquer consequência
ao protagonista, não tardará para nosso cérebro computar como normal. Digo, há consequências
sim, mas para isso o cidadão demanda ser um lascado sem contatos, ou
personalidade ($$$$$$$$$$) para contratar o advogado da moda, o “must have” do
mundo criminal, o Louis Vuitton do meio jurídico, àquele que com 15mi na conta
faz Elisa Picadinho parecer uma vítima da opressão conjugal e da
passionalidade.
Na
vanguarda da reforma do código penalista salta o legislativo, quando se estuda
a possibilidade de suspensão da pena, pelo simples restabelecimento do status quo ante, ou seja, no caso de
furto, se for devolvido à vítima todos os bens subtraídos, a pena se
extinguiria pela reparação do dano, já se observa várias de Vossas Excelências
do Congresso se furtando de qualquer punibilidade com a simples devolução do
cargo. Uma hermenêutica curiosa, não é mesmo?! Ficamos com a dívida, não há
punidos e meses depois vemos as mesmas figurinhas virarem lobistas dentro da
coisa pública.
Só
na república bananeira do Brazuca, já conversamos sobre a diferença entre
Brasil e Brazil, pois bem, podemos ver um fenômeno como este! Há que se
conscientizar a população carcerária, que nos sai tão cara, para migrarem a
prática de desvios de condutas com tais qualificantes, afinal de contas, não
tem ninguém preso por furto de dinheiro público e dificilmente haverá, que
venham as prescrições, zaz, a heroína dos debochados.
Perturba-me
a alma quando dizem não haver justiça em nossa republiquinha, ora como não há?!
A justiça consiste em punir nossa permissividade, assistindo “inertes”, encarcerados em nossas consciências,
a própria extinção. Estamos trancafiados em um escafandro – enterrados vivos.
Os
descarados, eleitos pelo sufrágio universal, discutem na Rio+20 o futuro do
planeta, ora que futuro? Aquele onde não mais existiremos para caotizar as
coisas?! Nossa extinção é indiscutível, começamos exterminando a moral, ética,
probidade, extinguir uns aos outros é comum e visto com tolerância, depende
somente do motivo que seu advogado de 15milhões conseguir fabricar.
Em
um Brazuca onde ex-presidente elege como ápice de sua carreira idiotizar uma
nação, ministro de órgão supremo do judiciário se encontra com político, cuja
intenção publicamente declarada é a impunidade aos de colarinho vermelho,
ex-ministro da justiça vira advogado de todo e qualquer malandro com 15 milhões
no bolso (opa, mas não está tudo bloqueado???), presidente da ordem dos
advogados dita e faz aplicar exames da ordem, quando ele mesmo não se submeteu
a um, mulher pica marido com habilidade de samurai (oiiii-ah) e Cavendishe´s
ameaçam espalhar a catota do nariz no ventilador para não ser convocado a
depor, e logra êxito no seu direito de não ser xeretado, nossa EXTINÇÃO pode
ser o BASTA necessário, de uma existência
que não deixará saudades.
O
prazo de validade venceu!
BASTA!!!
Fecha a porta e o último apague a luz, não devemos deixar dívidas.
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